quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O Dono do Palco


E ele surgiu.
Sorrindo, caminhando numa velocidade razoável.

O palco parecia gigante, enquanto nem era assim.
O fundo musical abafava o som dos seus passos na madeira oca de lá.

Ele abriu as mãos e os braços e ergueu-os devagar até a altura dos ombros.
Permaneceu sorrindo e a música parou... De repente, num passe, surgiu um lenço branco das mãos anteriormente vazias.

A face de espanto dele, era a mesma que a nossa.

Ele não usava assistente... Eram ajudantes que lhe entregavam bengalas e cartolas às vezes; mas sempre ficavam atrás das cortinas vermelhas daquele “altar”.

O palco era dele. Só dele.
Ninguém conhecia tão bem quanto ele.

Se fechasse os olhos, faria mágicas do mesmo modo, com o sorriso mais incrível.
Eram duas coisas que ele conhecia como ninguém...
O palco e as mãos.

Era o dono de lá.
E tornou-se dono de nossos encantos, sorrisos e espantos.

Para muitos, ele era paranormal;
Para alguns, ele era só um cara com truques;
Para mim, ele era mágico.

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